Páscoa da Ressurreição e Vitória sobre a Cruz
“E quando amanhecer, o dia eterno a Plena Visão, ressurgiremos por crer
nesta vida escondida no pão! ( Canção Pascal)
Ainda em
consonante intimidade com o tema da CF 2015 vale lembrar que o mais alto grau e
excelente forma de serviço fora cruz redentora de Jesus. Ali todos descobrimos
qual é o desejo do Cristo aos seus discípulos seguidores. Uma entrega que se dá
no sim dia-a-dia e que compreende a grandeza de se oferecer como dom para o
outro, para o próximo.
É
reconfortante depois de quarenta dias desérticos e áridos de nossa existência celebrar
a suavidade da Vitória Pascal. É uma certeza concreta de que valeu a pena a
trajetória da vida que tem seus percalços, mas que estando carregada de vivas
esperanças não nos decepciona.
Na Cruz somos livremente chamados a escolher
qual lado a seguir. Sendo assim, o sofrimento pode ser uma força poderosa a nos
empurrar para maturidade e a sabedoria ou, se escolhemos o contrário sobrará o
desespero e a alienação. Santa Tereza diz que “a forma a que encaramos é que
conduzimos”. Não posso escolher o tipo de sofrimento que vou enfrentar na vida,
mas posso escolher a direção a que devo seguir.
Nas
Palavras de São Tiago podemos entender bem isto; “Meus irmãos, tende por motivo de grande alegria a serdes submetidos
a múltiplas provações, pois sabeis que a vossa fé bem provada, leva á
perseverança.” (São Tiago 1, 2-3) De certo modo a grande alegria que invade
o coração de Cristo no calvário e que o sustenta, e que deve ser também a nossa, é a certeza da presença de Deus . Atravessar este
momento da Paixão sozinho seria traumático e intolerável. Deus não deseja isso para nós. Ele prometeu estar
presente para nos sustentar nos momentos de necessidade e assim vai curando
nossa dor.
Creio que
ao se abaixar para lavar os pés dos presidiários de Roma o querido Papa
Francisco desejou que experimentassem, ainda que por um momento, mas eterno, a
força do amor consolador de Cristo. Na verdade foi o melhor gesto que Ele pode
fazer a eles naquele momento de abandono e cruz. Penso que a dor do outro é amenizada na coragem de
o servir por amor e mais nada. Amar com o amor que Deus mesmo nos amou na
nossa “inutilidade”, pois é realmente aí que se descobre que se ama
verdadeiramente. “Um amor incondicional
que se está presente mesmo quando do alto da cruz se diga” Meu Deus, meu Deus
porque me abandonaste?”A vida se esconde na casca dura da semente que ao ser
plantada germina e dá frutos a seu tempo. Que do poder redentor de Jesus emanem
todas as forças suficientes e necessárias para vivermos de vida e Cruz esse
mistério de amor. Na força Eucarística o Cristo Ressuscitado hoje está
escondido em toda sua plenitude para nos garantir que não estamos
sozinhos. Que seja Páscoa hoje e sempre!
Pe. Mário Adorno
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