quarta-feira, 4 de março de 2015

Editorial

Páscoa da Ressurreição e Vitória sobre a Cruz
“E quando amanhecer, o dia eterno a Plena Visão, ressurgiremos por crer nesta vida escondida no pão! ( Canção Pascal)
Ainda em consonante intimidade com o tema da CF 2015 vale lembrar que o mais alto grau e excelente forma de serviço fora cruz redentora de Jesus. Ali todos descobrimos qual é o desejo do Cristo aos seus discípulos seguidores. Uma entrega que se dá no sim dia-a-dia e que compreende a grandeza de se oferecer como dom para o outro, para o próximo.
É reconfortante depois de quarenta dias desérticos e áridos de nossa existência celebrar a suavidade da Vitória Pascal. É uma certeza concreta de que valeu a pena a trajetória da vida que tem seus percalços, mas que estando carregada de vivas esperanças não nos decepciona.
 Na Cruz somos livremente chamados a escolher qual lado a seguir. Sendo assim, o sofrimento pode ser uma força poderosa a nos empurrar para maturidade e a sabedoria ou, se escolhemos o contrário sobrará o desespero e a alienação. Santa Tereza diz que “a forma a que encaramos é que conduzimos”. Não posso escolher o tipo de sofrimento que vou enfrentar na vida, mas posso escolher a direção a que devo seguir.  
Nas Palavras de São Tiago podemos entender bem isto; “Meus irmãos, tende por motivo de grande alegria a serdes submetidos a múltiplas provações, pois sabeis que a vossa fé bem provada, leva á perseverança.” (São Tiago 1, 2-3) De certo modo a grande alegria que invade o coração de Cristo no calvário e que o sustenta,   e que deve ser também a nossa,  é a certeza da presença de Deus . Atravessar este momento da Paixão sozinho seria traumático e intolerável.  Deus não deseja isso para nós. Ele prometeu estar presente para nos sustentar nos momentos de necessidade e assim vai curando nossa dor. 
Creio que ao se abaixar para lavar os pés dos presidiários de Roma o querido Papa Francisco desejou que experimentassem, ainda que por um momento, mas eterno, a força do amor consolador de Cristo. Na verdade foi o melhor gesto que Ele pode fazer a eles naquele momento de abandono e cruz. Penso que  a dor do outro é amenizada na coragem de o  servir por amor e mais nada.  Amar com o amor que Deus mesmo nos amou na nossa “inutilidade”, pois é realmente aí que se descobre que se ama verdadeiramente.  “Um amor incondicional que se está presente mesmo quando do alto da cruz se diga” Meu Deus, meu Deus porque me abandonaste?”A vida se esconde na casca dura da semente que ao ser plantada germina e dá frutos a seu tempo. Que do poder redentor de Jesus emanem todas as forças suficientes e necessárias para vivermos de vida e Cruz esse mistério de amor. Na força Eucarística o Cristo Ressuscitado hoje está escondido em toda sua plenitude para nos garantir que não estamos sozinhos.  Que seja Páscoa hoje e sempre!

Pe. Mário Adorno

Nenhum comentário: